quinta-feira, 13 de maio de 2010

122 anos de abolição da esravidão. A escravidão uma mancha que ainda não se apagou na história do Brasil.





"Eu sou como a garça triste
"Que mora à beira do rio,
"As orvalhadas da noite
"Me fazem tremer de frio.

"Me fazem tremer de frio
"Como os juncos da lagoa;
"Feliz da araponga errante
"Que é livre, que livre voa.

"Que é livre, que livre voa
"Para as bandas do seu ninho,
"E nas braúnas à tarde
"Canta longe do caminho.

"Canta longe do caminho.
"Por onde o vaqueiro trilha,
"Se quer descansar as asas
"Tem a palmeira, a baunilha.

"Tem a palmeira, a baunilha,
"Tem o brejo, a lavadeira,
"Tem as campinas, as flores,
"Tem a relva, a trepadeira,

"Tem a relva, a trepadeira,
"Todas têm os seus amores,
"Eu não tenho mãe nem filhos,
"Nem irmão, nem lar, nem flores".

(Castro Alves)

Não podemos esquecer os escravos da cana-de-açúcar, do carvão, as escravas dos maridos, a escravidão infantil e tantas outras que ainda não foram abolidas.
Quando iremos poder comemorar de fato ser um povo LIVRE? Livres da pobreza, da injustiça, do racismo e da imensa corrupção.
Abraço à todos que como eu, pensam se devemos realmente comemorar.

Um comentário:

Gilda disse...

A gente vai no impulso da vida e qdo nos deparamos c estas "comemorações" é q vamos dar conta da escravidão q ainda impera no mundo. Uma afronta à nossa inteligência!

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